Guerra judicial entre Blake Lively e diretor de “É Assim que Acaba” envolve Marvel e polêmica sobre personagem em “Deadpool”
04/29/2025 6:34 PM
A batalha legal entre Blake Lively e Justin Baldoni, diretor e ator de “É Assim que Acaba”, ganhou um novo capítulo com a intimação da Marvel para que a empresa entregue documentos relacionados ao filme “Deadpool & Wolverine” (2024). Baldoni alega que Ryan Reynolds, marido de Lively, usou o personagem Nicepool para ridicularizá-lo publicamente – e agora busca provas de que houve má-fé na criação da figura.
O cerne da polêmica
- Nicepool, uma versão “feminista performática” de Deadpool, é morto no filme por Ladypool (interpretada por Blake Lively).
- Em cenas excluídas, o personagem faz piadas como: “Minha vocação é apresentar um podcast que monetize o movimento das mulheres” – algo que Baldoni interpreta como um ataque direto a ele, já que o ator é conhecido por discursos sobre feminismo em seu podcast e palestras.
- Baldoni alega que o personagem foi criado para “desmoralizá-lo” após ele ter processado Lively por difamação (em resposta a acusações dela de assédio sexual no set de “É Assim que Acaba”).
A reação da Marvel
A empresa entrou com um pedido para anular a intimação, argumentando que:
✔ Nicepool é ficção e protegido pela Primeira Emenda (liberdade de expressão).
✔ O personagem não tem relação factual com Baldoni.
✔ As piadas do filme são irrelevantes para o processo entre Lively e o diretor.
A estratégia de Ryan Reynolds
O ator não negou a inspiração em Baldoni, mas usou a defesa da liberdade artística:
- Seus advogados citaram a Primeira Emenda para afirmar que Reynolds não pode ser responsabilizado por “sentimentos feridos”.
- Classificaram as alegações de Baldoni como “indignação sensível” sobre um personagem fictício.
Próximos passos
- Baldoni insiste que os documentos da Marvel podem provar intenção de difamação.
- Se a intimação for aceita, a Disney pode ser obrigada a entregar e-mails, rascunhos de roteiro e discussões internas sobre Nicepool.
- Caso contrário, o processo entre Lively e Baldoni segue sem o filme como evidência.
O que está em jogo?
Além da briga pessoal, o caso pode definir limites entre liberdade criativa e difamação disfarçada em Hollywood. Enquanto Baldoni vê bullying, Reynolds trata como sátira – e a Justiça precisará decidir quem tem razão.