A intérprete norte-americana fez acusações contra o realizador cinematográfico de É Assim que Acaba (2024), alegando comportamento abusivo e a criação de um clima laboral prejudicial durante as filmagens.

Blake Lively decidiu se pronunciar publicamente sobre os últimos desdobramentos legais envolvendo Justin Baldoni. Em comunicado formal enviado à publicação Us Weekly nesta quinta-feira (5), a atriz criticou o posicionamento jurídico do cineasta e questionou a veracidade de seu passado engajado com pautas femininas.

A declaração da artista ocorre após Baldoni se opor à inclusão de entidades civis que defendem causas femininas na condição de amicus curiae — expressão em latim utilizada para designar participações consultivas externas que colaboram na análise judicial. No documento submetido esta semana, 14 coletivos sociais, incluindo a National Organization for Women, fundada em 1966, manifestaram solidariedade à artista em sua denúncia de conduta imprópria contra Baldoni. Outras quatro instituições já haviam apresentado declarações favoráveis à posição da denunciante.

“Dezoito entidades comprometidas com os direitos das mulheres, da infância e com o enfrentamento da violência doméstica assinaram quatro petições de apoio distintas. Todas se opõem à tentativa de Justin Baldoni de revogar um dispositivo legal criado para amparar vítimas que denunciam abusos — tudo isso para benefício próprio”, afirmou Lively.

Na mesma manifestação, a protagonista aponta que Baldoni, “em vez de sustentar sua defesa com fundamentos plausíveis, está negando o próprio discurso público construído ao longo dos anos — abrindo mão da retórica #MeToo que pautava seus conteúdos digitais, palestras motivacionais e declarações midiáticas, onde pedia aos homens que ‘escutassem as mulheres de suas convivências, acolhessem suas dores e confiassem em seus relatos — mesmo que envolvessem acusações contra eles mesmos’”.

“Essas vozes femininas e organizações de defesa estão alertando para as estratégias de inversão psicológica DARVO e seus efeitos inibitórios, que podem extrapolar os limites deste episódio jurídico”, finalizou.