Ativista LGBTI+ celebra novo inquérito contra Neymar
03/08/2021 8:53 PM
Neymar continua tendo problemas sobre o caso de homofobia.
Agripino Magalhães, ativista LGBTI+, que denunciou o jogador pelos crimes de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte praticados pelo jogador e seus amigos contra o modelo Tiago Ramos, contou como anda a ação judicial.
Agripino disse que a Polícia Civil de São Paulo resolveu ouvir os envolvidos como parte do inquérito policial instaurado. Agora, cabe ao Ministério Público denunciar os indiciados.
“As pessoas pensaram que o assunto tinha sido encerrado, mas nós recorremos contra a decisão do arquivamento do Ministério Público de São Paulo na época, e agora a nova ação avançou para a formalização das provas e, se Deus quiser, nós vamos chegar a abertura mesmo de um processo contra Neymar. Ele vai depor na quarta-feira (10) na 15ª Delegacia Policial (Itaim Bibi) em São Paulo. “Acredito que o jogador será ouvido também por esses dias por videoconferência”, contou ele ao veículo.
E continua: “Nós estamos pedindo 3 milhões de dólares (aproximadamente 17 milhões de reais) de indenização e não é tanto pelo dinheiro, é pelo respeito que as pessoas precisam ter pelos LGBTI+. É uma forma de provar que não se pode ofender com chacotas, músicas, xingamentos e até ameaçar qualquer pessoa por sua orientação sexual. Existem pessoas que só aprendem, só acordam para a vida quando dói no bolso”.
Já Ângelo Carbone, advogado de Agripino Magalhães, completa:
“É bom ressaltar que ninguém é contra o Neymar. Ninguém quer aparecer. O problema maior de toda essa polêmica está no fato do jogador ser uma pessoa com milhões de seguidores. Fãs de todas as idades, mas boa parte jovens, que podem pensar que é normal xingar, ameaçar e até mesmo matar um LGBTI+. Não!! Temos que mudar essa mentalidade e punir aqueles que incentivam esse absurdo”.