Juliana Linhares convida Zeca Baleiro para dueto em single e videoclipe
03/07/2021 1:00 PM
Na última sexta-feira, 5 de março, Juliana Linhares lançou “Meu Amor Afinal de Contas” em dueto com Zeca Baleiro. Trata-se do primeiro single de “Nordeste Ficção”, álbum de estreia da cantora e compositora potiguar, que chegará às plataformas no final do mês.
Ouça o single aqui.
“Meu Amor Afinal de Contas” é uma parceria de Juliana e Zeca (letra dela musicada por ele) e foi escrita no final do ano passado. Àquela altura, Juliana e Marcus Preto, diretor artístico de “Nordeste Ficção”, já haviam selecionado mais da metade do repertório do álbum, basicamente autoral. Mas, nas conversas de ambos juntamente às referências trazidas pelo produtor musical do álbum, Elísio Freitas, o nome de Zeca Baleiro sempre aparecia como um desejo. Juliana tomou coragem.
“Peguei uns escritos, algumas dores do tempo, e enviei para o Zeca”, conta a cantora. “E foi incrível quando ele me enviou a música pronta. Chorei, senti uma energia poderosa pelo corpo, uma emoção enorme e uma esperança suave nas surpresas que a vida ainda pode nos trazer. É preciso insistir em viver. Nem sempre é fácil, mas o passar dos anos e a maturidade nos ensinam tanto. Tem muita coisa aí esperando por nós.”
A melodia de “Meu Amor Afinal de Contas” foi feita em pouquíssimos dias. E apresenta, desde a raiz, o estilo tão particular do compositor maranhense. Ao ouvir o registro caseiro enviado por Zeca em mensagem de celular, ficou evidente que a voz dele teria de estar também na gravação oficial. Convidado, Zeca topou na hora.
“Fiquei muito feliz de compor e cantar com a Juliana Linhares”, diz o artista. “É uma artista muito intensa e genuína e nossa primeira parceria resultou numa canção especial, de atmosfera dramática, teatral. Que esta seja a primeira de muitas. A música brasileira é uma árvore frondosa, sempre dando novos e belos frutos.”
Para Marcus Preto, a música é uma excelente porta de entrada para “Nordeste Ficção”, o álbum completo, porque tem o tom épico que potencializa a voz transcendental e a personalidade exuberante de Juliana Linhares. E o arranjo de Elísio é flechada certeira nesse mesmo coração. “Juliana é, de longe, uma das maiores cantoras brasileiras contemporâneas. Ela é um escândalo. Isso eu já tinha sacado na primeira vez que a ouvi cantar. O que me surpreendeu foi seu talento como compositora – que, aliás, nem ela conhecia ainda. ‘Nordeste Ficção’ vai nos trazer muita coisa.”
VIDEOCLIPE
O single “Meu Amor Afinal de Contar” ganhou também um videoclipe, dirigido por Mariana Moraes. Nele, Juliana Linhares e Zeca Baleiro interagem virtualmente, de acordo com a estética remota que nossos tempos de pandemia acabaram por definir.
Assista aqui.
Juliana encarna duas personalidades de uma só pessoa que, ao longo do curta, se encontram e se misturam, para tentar amenizar o vazio de uma vida sem poesia. A letra foi escrita em meio à quarentena e o espírito desse período de isolamento está presente tanto na canção quanto no clipe. “Eu me via resgatando o amor dentro de mim para me salvar de alguma maneira. Fiquei bem caótica, que ano!”, diz Juliana. “Essa canção é para mim um misto de tristeza e vontade, de tentativa e ilusão, da necessidade de morder o tempo e trazer para dentro essa reviravolta. E também é sobre acordar a cada dia com o peso dos atrasos do mundo, do país, da humanidade, a falta de poesia e amor, parar e sentir o coração batendo mais dolorido.”
Vocalista da banda Pietá, com a qual lançou dois álbuns, Juliana Linhares também é diretora e atriz. Atualmente com 31 anos, já trabalhou com figuras como João Falcão, Duda Maia e André Paes Leme, entre outros. Estava em cartaz como alternante da atriz Laila Garin no musical “A Hora da Estrela” quando a pandemia exigiu recolhimento. Além dos álbuns à frente da banda Pietá, lançou um terceiro trabalho com o projeto Iara Ira, ao lado das cantoras Duda Brack e Julia Vargas.
Marcus Preto dirigiu trabalhos recentes de Gal Costa, Nando Reis, Erasmo Carlos, Silva e Tom Zé, entre outros. Além de Juliana Linhares, trabalha atualmente em álbum da cantora Alaíde Costa, feito a quatro mãos com Emicida.