Justin Timberlake, Adele, Keith Urban e Julie Andrews tiveram nódulos vocais tratados cirurgicamente

Os últimos problemas com as cordas vocais de Steven Tyler incluem “Living on the Edge”, do Aerosmith, depois que a banda foi forçada a adiar uma série de shows em sua turnê de despedida “Peace Out” devido a problemas de garganta.

Não foi a primeira vez que o astro do rock perdeu a habilidade de cantar. Em 2006, Tyler estourou um vaso sanguíneo na garganta e foi tratado pelo renomado cirurgião Dr. Steven Zeitels no Massachusetts General Hospital.

Tyler está sob “ordens estritas do médico para não cantar pelos próximos trinta dias” depois de sofrer danos vocais que causaram “sangramento”. Não está claro se o músico precisará de alguma cirurgia ou cuidados médicos adicionais.

Zeitels tratou várias estrelas que foram submetidas a cirurgias de nódulos vocais, incluindo Adele, Julie Andrews, Keith Urban e Paul Stanley.

Na segunda-feira, Tyler compartilhou nas plataformas de mídia social da banda: “Estou com o coração partido em dizer que recebi ordens médicas estritas para não cantar nos próximos trinta dias”.

“Sofri danos nas cordas vocais durante o show de sábado , o que levou a um sangramento subsequente. Precisaremos adiar algumas datas para que possamos voltar e dar a vocês a apresentação que vocês merecem.”

O cirurgião, que tem uma longa lista de clientes famosos, observou que os “cantores de metal” tendem a causar mais traumas em suas vozes, mais comumente do que em qualquer outro gênero musical. 

“Você está gritando, isso é trauma. Mas a maioria das coisas que os cantores recebem é apenas trauma”, disse Zeitels a Macleans. “Eles saem e cantam quando estão doentes, eles não querem decepcionar as pessoas, as pressões da turnê. 

“Sangramento é muito comum, isso foi algo que Steven Tyler teve, Adele teve, Sam [Smith] teve, Lionel teve. Desenvolvi uma abordagem mais recente há cerca de sete anos com um laser especializado, que também é para câncer, que pode parar o vocal sangrar e não queimar as cordas vocais – a tal ponto que elas podem realmente funcionar melhor. Anteriormente, isso as cauterizaria e enrijeceria as cordas vocais. Acho que isso mudou o jogo: você tem um jeito preciso, então os cantores não tinham não preciso ter medo de que sua voz seja arruinada ao tratar o sangramento.”

Tyler foi um dos primeiros pacientes a receber a cirurgia de voz (fonocirurgia) em agosto de 2006.

Pouco depois de Adele lançar seu segundo álbum, “21”, e no momento em que ela estava se tornando um nome conhecido nos Estados Unidos, a cantora de “Someone Like You” foi forçada a cancelar duas turnês devido a uma hemorragia nas cordas vocais.

A cantora britânica passou pela mesma cirurgia nas cordas vocais em 2011 com Zeitels para estancar a hemorragia causada por um pólipo benigno nas cordas vocais.

Ela recebeu ordens estritas de permanecer em repouso vocal por semanas após a cirurgia e voltou a cantar no Grammy Awards em fevereiro de 2012, onde ganhou seis prêmios.

Durante seu discurso de aceitação de melhor performance vocal pop, Adele deu crédito à sua equipe médica por salvar sua voz.

“Visto que se trata de uma performance vocal, suponho que preciso agradecer aos meus médicos que trouxeram minha voz de volta”, disse Adele. 

Zeitels disse que muitas estrelas têm medo da cirurgia devido à natureza do procedimento. Julie Andrews passou por uma cirurgia vocal para remover nódulos em 1997, e não só ficou com danos permanentes em seu alcance de quatro oitavas, mas também com alterações em sua qualidade vocal.

“Essa foi uma das vozes mais formidáveis ​​do final do século 20 e após a cirurgia ela não conseguiu mais cantar”, disse Zeitels à publicação. “Isso cria medo.”

Pouco depois da operação, Andrews entrou com uma ação por negligência médica contra seus médicos e o Hospital Mount Sinai da cidade de Nova York. Ela disse à AARP The Magazine em 2019 que “entrou em depressão” e sentiu que perdeu sua identidade após a cirurgia.

A estrela de “Música no Coração” resolveu o processo em 2000 por um valor não revelado.

Por meio da fonomicrocirurgia, Zeitels ajudou Andrews a recuperar pelo menos um pouco de sua voz. 

“O que posso dizer é que – isso aconteceu no final da década de 1990, e consegui, com procedimentos, melhorar a voz dela, mas não ao ponto de ser o tipo de canto que ela conseguia fazer antes – mas a coisa fascinante foi que quando eu estava desenvolvendo os procedimentos, as pessoas estavam aprendendo sobre isso desde o final dos anos 90 até 2010, o que pareceu mudar substancialmente as coisas foi o caso de Adele”, disse Zeitels. 

“Tantas pessoas sabiam disso, e ela se saiu muito bem no Grammy, e achei isso uma sorte”.

Andrews tornou-se uma defensora tão grande de Zeitels que atua como presidente honorária de seu Voice Health Institute.

“Foi também nesse período que ajudei Lionel Richie, Keith Urban e Paul Stanley do KISS , uma série de pessoas que perceberam que os procedimentos eram melhores”, disse ele. 

Keith Urban passou por uma cirurgia bem-sucedida na garganta em 2011 para remover um pólipo de suas cordas vocais. 

Os crescimentos não cancerosos são semelhantes a calosidades nas pregas vocais e podem fazer com que as vozes fiquem roucas e roucas. Os pólipos geralmente são causados ​​pelo uso excessivo da voz. 

O período de silêncio de três semanas de Urban pareceu funcionar, já que ele ainda se apresenta hoje com pouco ou nenhum problema.

Zeitels também tratou Lionel Richie , que passou por um total de quatro procedimentos nos anos 90. Ele disse à revista People que estava “o mais perto que você poderia ter de um colapso nervoso” enquanto tentava descobrir seus problemas vocais.

“Você não quer ninguém brincando lá embaixo. Esta é a sua identidade”, disse ele, acrescentando: “Nunca pensei que isso iria acabar”.

Justin Timberlake passou por uma cirurgia para remover nódulos de suas cordas vocais em maio de 2005. Quase 13 anos depois, o cantor de “Can’t Stop the Feeling” adiou uma série de shows devido a machucados nas cordas vocais.

Sam Smith foi forçado a cancelar alguns shows devido a danos nas cordas vocais.

A cantora de “Stay With Me” passou por uma cirurgia bem-sucedida em maio de 2015. 

“Acho que hoje o que acaba acontecendo é que o medo real de alto nível, associado à cirurgia de Julie Andrews, diminui substancialmente”, disse Zeitels. 

“Eles estão percebendo que são atletas e que podem precisar de uma cirurgia restauradora, e hoje tendem a parecer que é uma oportunidade de fazer melhor – não que você corra para fazer isso.”