Carolina Dieckmann lança em Première no Festival do Rio, o filme Pequenas Criaturas
10/14/2025 5:03 PM

Na noite desta sexta-feira, 10 de outubro, Carolina Dieckmann esqueceu seu personagem em Vale Tudo e esteve na première do filme Pequenas Criaturas, do qual é protagonista. A exibição ocorreu no Festival do Rio, no espaço Estação Net Gávea.
No tapete vermelho, a atriz estava acompanhada do esposo, Tiago Worcman. Junto com Letícia Sabatella e o elenco mirim, posou no backdrop para os convidados e público presente.
O FILME
O longa-metragem é dirigido e roteirizado por Anne Pinheiro Guimarães e integra a Competição Principal da Première Brasil. Carolina Dieckmann interpreta mãe que precisa se reinventar na ausência do marido após se mudar para Brasília na década de 1980. O filme é marcado pelo desamparo e delicadeza, e mostra o amadurecimento de uma família em reconstrução.
Ambientado em Brasília no ano de 1986, o longa-metragem acompanha Helena, que se muda com o marido e os dois filhos – o adolescente André (Théo Medon) e o menino Dudu (Lorenzo Mello) – para a capital recém-redemocratizada.
Poucos dias após a chegada na capital do país, filmada a ressaltar o clima seco, a sua aridez e vastidão impessoal nada acolhedora, o marido parte em uma viagem de negócios e desaparece, deixando Helena e filhos sem respostas concretas sobre seus futuros. Inicia-se, então, um caminho inconstante rumo à reconstrução afetiva de todos.
“Brasília é muito triste e, ao mesmo tempo, ela pode ser muito bonita, muito cinematográfica”. Já dizia [o arquiteto e urbanista] Lúcio Costa, “o céu é o mar de Brasília”; “Brasília tem uma imensidão, uma amplitude. E a cidade é uma prisão à céu aberto”, avaliou Anne Pinheiro Guimarães no debate, antes de ponderar. Pode ser, [uma prisão]… Depende de como você vive as coisas”, concluiu a diretora, que leva para as telas um pouco de sua própria vivência.
Filha de um diplomata, a cineasta e roteirista também teve uma infância marcada por deslocamentos, experiência que moldou sua visão de mundo e também o olhar cinematográfico que transparece em Pequenas Criaturas. Nascida em Brasília, Guimarães se mudou de lá muito cedo, mas voltou a cidade com sua família para viver na capital entre os oito e os quinze anos — período que abrange as mesmas faixas etárias de Dudu e André no filme.
Em entrevistas, a cineasta contou que este é um projeto muito pessoal, dedicado à memória de sua mãe, e fruto das reflexões que fez quando sua primeira filha nasceu, o que conecta sua experiência com a perspectiva materna, humanizada, de Helena.
O título de Pequenas Criaturas se abre em muitas camadas. Pode se referir ao cachorro que Helena atropela acidentalmente com seu carro, não por acaso um Volkswagen Brasília laranja, e que a família se dedica a cuidar na esperança de que a vida persista, afinal. Também pode evocar os insetos que ganham a atenção da câmera em contraste com o gigantismo da capital.
Mas, acima de tudo, o título se refere aos próprios personagens principais: criaturas pequenas diante das circunstâncias, mas teimosamente resistentes. André, o filho adolescente, sofre com o bullying e adota posturas perigosas para afirmar sua existência, conhecendo a amizade e o amor no meio do caminho. Dudu, que a diretora define como “o otimista patológico”, encarna a curiosidade e a ousadia infantil, uma alegria que também o coloca em risco ao se aproximar do vizinho solitário vivido por Fernando Eiras. Helena, desamparada e errante, busca sentido nas brechas do cotidiano, entre cigarros e visitas a um parque de diversões, encontra amparo nas presenças gentis dos personagens de Caco Ciocler, que ensaia se apresentar como um interesse amoroso, e Letícia Sabatella, sua vizinha.
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