Ju Marciano e Keila Ruama, cantoras da Utnick Productions que se inspiraram na rainha da sofrência, explicam a importância de Marília Mendonça para a música brasileira

O Brasil foi surpreendido no início do mês pelo trágico acidente aéreo que levou a vida de 5 pessoas em Caratinga, Minas Gerais. Entre as vítimas estava Marília Mendonça, cantora sertaneja de sucesso estrondoso em todo o país. A perda da rainha da sofrência comoveu o Brasil inteiro, artistas já famosos se manifestaram em luto. Porém, a falta que Marília fará no cenário musical alcançou até mesmo aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecê-la.

Keila Ruama, cantora pernambucana, se inspirou em Marília Mendonça para a nova fase da sua carreira, que incluirá músicas românticas. “Pra mim ainda é inacreditável que ela tenha partido. Só de saber que nunca mais vou escutar uma nova música dela, é de partir o coração”, lamenta. A artista explica que Marília era uma inspiração tanto musical quanto para a vida pessoal. “As músicas dela me ajudaram a superar relacionamentos difíceis e sei que também ajudavam todas as mulheres que tiveram que lidar com esse sofrimento”, detalha.

Para Ju Marciano, também cantora e fã da artista, Marília Mendonça revolucionou o mercado de música no geral. “Ela encorajou mulheres que se fazem ouvir cada vez mais alto em todos os nichos. Cantoras e compositoras, continuam revelando seus talentos e com certeza ficarão para nossa história”, afirma. Ju acredita que a artista é um exemplo a ser seguido. “Marília Mendonça, me inspirou a fazer música com a minha realidade. Tinha medo dos julgamentos e escondi sentimentos durante muito tempo. Ao colocá-los no papel, ficou mais fácil de viver e cantá-los”, explica.

A perda de Marília Mendonça é irreparável e imensurável, porém, seu legado continuará perpetuando coragem, força e inspirando milhares de jovens artistas por todo o Brasil. “A Marília partiu, mas ela sempre vai estar no coração de cada um dos brasileiros, ela vai ser eterna e nunca vamos deixar de ouvir as ‘sofrências’ dela”, afirma Keila Ruama.