Megadeth: “Houve tensão em todo o processo. Começou em 2018 com a ideia de regravar a demo do Metallica”, revela David Ellefson
07/23/2025 5:46 PM
Durante uma entrevista recente, o ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, falou abertamente sobre os bastidores conturbados da produção do álbum “The Sick, The Dying… And The Dead!”, lançado em setembro de 2022. Segundo ele, a experiência foi tão negativa que hoje sente alívio por ter ficado fora da versão final do disco.
Ellefson gravou suas linhas de baixo em maio de 2020, num estúdio localizado em Nashville, Tennessee. No entanto, em julho de 2021, o líder da banda, Dave Mustaine, anunciou publicamente que as gravações de Ellefson seriam descartadas. Em seu lugar, as partes de baixo foram regravadas por Steve DiGiorgio (Testament), e posteriormente James LoMenzo retornou ao grupo de forma definitiva.
“Foi uma produção desgastante. Para ser sincero, estou satisfeito por não ter participado até o fim. Todo o processo foi tóxico. Levou cinco anos e tudo que contribuí foi descartado — riffs, letras, ideias. O clima era pesado, repleto de mágoas, ressentimento e disputa. E no fim, aquele álbum não era meu. Eu apenas estava ali tentando colaborar”, relatou Ellefson.
Crise começou antes mesmo das gravações
Ellefson também apontou que os problemas com Mustaine começaram já em 2018, durante uma turnê da banda:
“Estávamos começando uma turnê em Oslo quando Dave chegou dizendo que queria regravar a demo ‘No Life ‘Til Leather’, do Metallica. Eu pensei: ‘Sério? É isso que estamos fazendo agora?’. Ao invés de compor material novo, estávamos olhando para trás. Aquilo me desmotivou. Apesar de gostar daquela demo, que é uma das minhas favoritas do Metallica, eu não quis embarcar nessa. Não era o momento. E acho que foi aí que nossa relação começou a desandar.”
Produção artificial e clima negativo
Ellefson ainda criticou a forma como o álbum foi construído, afirmando que faltou espontaneidade e espírito de banda:
“Eu sugeri que gravássemos como em Peace Sells…, com urgência, criatividade crua, tocando ao vivo no estúdio. Disse que os fãs estavam cansados de discos superproduzidos, cheios de correções digitais. Eles querem algo mais real, mais humano.”
Segundo ele, a redescoberta do álbum Youthanasia, durante o aniversário de 40 anos da obra, fez com que percebesse ainda mais o quanto sente falta da química de uma banda gravando junta.
“Voltei a ouvir o Youthanasia depois que o Shawn Drover me relembrou dele, e pensei: ‘Nossa, éramos bons mesmo’. Tinha alma, tinha unidade. Hoje, tudo parece desconectado.”
Por fim, Ellefson declarou que desde o lançamento, nunca ouviu o disco por completo.
“Assisti a um clipe aqui ou ali, mas não consegui escutar tudo. Não é nem pelo fato de ter sido desligado da banda, mas porque todo o processo associado a esse disco me traz memórias ruins.”
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