Steve Harris, líder e baixista do Iron Maiden, falou sobre o período em que Blaze Bayley assumiu os vocais da banda e gravou os álbuns “The X Factor” (1995) e “Virtual XI” (1998). Esses discos, por muito tempo pouco valorizados — e até rejeitados por parte dos fãs —, vêm sendo redescobertos nos últimos anos.

Em entrevista à Metal Hammer, Harris afirmou que os trabalhos possuem força e autenticidade:

“Eu disse isso na época e continuo acreditando: são álbuns realmente fortes. As pessoas estão voltando a eles e percebendo que têm qualidade.

The X Factor, em especial, é sombrio — provavelmente porque eu passava por um período difícil, com a saída do Bruce [Dickinson] e um divórcio. Mas disso surgiu um disco poderoso.”

O músico destacou que experiências negativas podem gerar grandes criações:

“Você pega coisas ruins, transforma em algo positivo, e isso aparece na música. A música é uma força incrível.”

Apesar de terem recebido críticas mornas e vendas abaixo do esperado, Harris disse que só pensou em encerrar a banda “por algumas horas”:

“É como quando o West Ham perde — eu fico de mau humor por duas horas, mas depois sacudo a poeira e sigo em frente.”

Sobre o clássico “The Number of the Beast” (1982), considerado por muitos como a obra-prima do Maiden, Harris comentou:

“Nunca fizemos o álbum perfeito. Number Of The Beast é visto assim, mas tem duas músicas que não estão no mesmo nível das outras. Nem tudo pode ser excelente.”