O Helloween conseguiu realizar algo raro no universo do metal: reunir integrantes clássicos sem abrir mão dos músicos que já faziam parte do grupo. Com isso, a banda alemã se transformou em um septeto, capaz de apresentar canções de todas as fases, inclusive com os vocalistas originais.

Em entrevista ao podcast Ibagenscast, o vocalista Michael Kiske falou sobre os desafios de compor e gravar com sete integrantes e três vozes principais. Segundo ele, a convivência é harmoniosa, mas nem sempre foi simples. Kiske recordou uma divergência durante as gravações do álbum anterior, envolvendo o guitarrista e fundador Kai Hansen:

“No álbum anterior foi um pouco desafiador com o Kai, porque ele decidiu que queria cantar Skyfall. Isso foi depois de eu já ter feito os vocais e todo mundo ter ficado feliz. (…) A maioria das pessoas quer ouvir eu ou o Andi, porque somos as vozes típicas. Então tivemos uma discussão, nada de briga, mas foi algo que demorou.”

Kiske explicou que a questão não era sobre protagonismo, mas sobre o que seria melhor para a música. Por isso, a faixa acabou lançada em diferentes versões — algumas com mais vocais de Kai e outras com destaque para sua própria interpretação.

“Era uma música típica do Helloween, e todos sentiram que eu deveria cantar a maior parte. Mas foi a única vez que houve esse tipo de situação.”

Já no álbum mais recente, Kiske afirma que Hansen esteve mais tranquilo, elogiando seu desempenho em estúdio:

“Desta vez não houve nada assim. O Kai estava feliz com o que eu cantei, ouviu, gostou e ficou realmente confortável e relaxado.”