O Halestorm lançou seu mais novo single “Rain Your Blood On Me”, composição integrante do próximo álbum de estúdio Everest, previsto para chegar às plataformas em 8 de agosto, via Atlantic Records. A banda apresentou pela primeira vez a sua mais recente canção no último sábado, 5 de julho, durante a performance no estádio do Aston Villa, no evento de despedida de Black Sabbath e Ozzy Osbourne. Antes disso, a música também foi incluída no repertório de um show realizado na Estônia, no mês anterior.

Falando sobre os rumos criativos do próximo trabalho — o sexto da trajetória do grupo — em uma entrevista recente, a frontwoman Lzzy Hale comentou:

“É muito difícil colocar em palavras. Trabalhamos no disco com Dave Cobb, que é um novo colaborador para nós. O TDAH dele se encaixou muito bem com o nosso. Mas não seguimos o método tradicional que costumávamos usar nesses registros. No primeiro dia, entrei com uma pilha de ideias meio prontas, algumas letras completas, alguns riffs — aquele ‘saco de truques’ que você leva para o estúdio. E ele simplesmente disse: ‘Ah, não vamos usar nada disso’. Eu fiquei, tipo, ‘Como assim?’. Ele respondeu: ‘Não vamos fazer demos. Eu odeio demos. Vamos escrever enquanto gravamos’. E foi exatamente isso que aconteceu.”

No relato de Lzzy, o Halestorm iniciou o processo já criando o primeiro single no próprio primeiro dia:

“Foi mais ou menos: ‘Quem tem uma frase?’ ‘Ah, pensei nisto ontem’. ‘Ótimo, vamos usar’. Montamos a bateria, afinamos as guitarras, gravamos os vocais, e pronto. Tudo ia sendo registrado à medida que surgia, e no dia seguinte já partíamos para outra. Algumas faixas nem têm guia de clique ou versões de rascunho porque simplesmente esquecemos.”

Segundo a vocalista, o novo disco também vai apresentar algumas das composições mais pesadas já feitas pela banda:

“Tem muitos elementos que lembram o que escrevíamos quando éramos adolescentes, mas amadurecidos. Foi uma verdadeira montanha-russa emocional. Também acredito que esta seja nossa coletânea com as músicas mais pesadas até hoje, junto com outras de andamento mais cadenciado e delicado. Colocamos no projeto várias facetas que eu sempre quis registrar, mas nunca tive liberdade ou tempo porque geralmente, ao fazermos um álbum do Halestorm, já levamos tudo pronto para o estúdio e seguimos aquela linha de produção: baixo, bateria, guitarra, voz. Não sobra espaço para parar, refletir e experimentar antes de carimbar as escolhas. Desta vez, a falta de roteiro fixo acabou sendo o segredo, porque só perseguimos aquilo que realmente nos animava. Se não era um ‘sim absoluto’, era um ‘não sem dúvida’. Então, não há nada neste registro que não seja 100% verdadeiro para nós. Nada imposto por ninguém. Nada que não reflita exatamente quem somos.”