O Dimmu Borgir, uma das bandas mais influentes do black metal sinfônico, marcou presença na edição deste ano do Wacken Open Air, festival realizado na Alemanha entre 29 de julho e 2 de agosto. Durante o evento, o guitarrista Silenoz (nome verdadeiro: Sven Atle Kopperud) concedeu entrevista à Magenta Musik, revelando detalhes sobre o futuro da banda e reflexões sobre a dinâmica interna de um grupo musical.

Silenoz confirmou que o Dimmu Borgir trabalha em um novo álbum, o primeiro desde “Eonian” (2018):

“Você pode trabalhar muito tempo em um álbum, mas chega um momento em que tem que deixá-lo sair. É como um filho que cresce: você o prepara, mas uma hora precisa deixá-lo sair da casca. Algumas músicas ficam anos conosco antes de serem gravadas. Vamos e voltamos nelas até termos certeza de cada detalhe. Só então vamos ao estúdio principal.”

Liderança e realismo dentro da banda

Ao ser questionado sobre conselhos para músicos iniciantes, especialmente dentro do universo do metal extremo, Silenoz foi direto ao abordar a realidade da convivência em uma banda:

“Tentem encontrar seu lugar dentro da banda e façam aquilo em que são bons. Nem todos podem ser líderes. Sejamos realistas: estar em uma banda não é uma democracia. Só funciona até certo ponto. Todos querem opinar nas decisões legais, mas quando surgem as difíceis, aí é que se vê quem realmente lidera.”

A fala reforça uma visão prática e muitas vezes necessária no cenário musical profissional, onde liderança clara e divisão de funções podem ser decisivas para a longevidade e coesão artística do grupo.

O próximo álbum do Dimmu Borgir, embora ainda sem data oficial, deve marcar o retorno da banda aos estúdios com composições lapidadas ao longo de anos — mantendo o alto nível de produção e complexidade característicos do grupo norueguês.